quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A curiosidade das crianças pelos animais

O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis diante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas indagações e questões. O contato com pequenos animais, como formigas e tatus-bola, peixes, tartarugas, patos, passarinhos, etc, pode ser proporcionado por meio de atividades que envolvam a observação, a troca de ideias entre as crianças, o cuidado e a criação com ajuda do adulto. (RCNEI, 1998)

Desta forma, o espaço do jardim aqui da Cinco Estrelinhas proporciona um laboratório natural, oportunizando o contato com animais que despertam a curiosidade das crianças. Hoje, por exemplo, os pequenos ficaram empolgados ao ver uma lagarta e se reuniram com a Professora Pati para observá-la.


Suco do Shrek

Um hábito que cultivamos na Cinco Estrelinhas é a alimentação saudável e o incentivo da mesma na vida das crianças, como já comentamos aqui. Então gostaríamos de compartilhar com os nossos leitores uma receita do que servimos algumas vezes na Escola - e a maioria das crianças adora. Trata-se do Suco do Shrek, o nome já é atrativo para chamar a atenção dos pequenos, e o sabor? Melhor ainda. É simples, rápido, saudável e delicioso.
 
Atenção papais, mamães e demais interessados, anotem a receitinha:
 
1 litro de água gelada
1 folha grande de couve manteiga
1 limão taiti
1 xícara de açucar
 
Mode de preparo:
 
Bata no liquidificador o limão descascado e sem sementes com os demais ingredientes. Coe e sirva imediatamente
Rendimento: 10 porções copo pequeno.

 
Depois, nos contem o que acharam.
 
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Filme independente destaca novos modelos educacionais

Jovens argentinos de 20 e poucos anos viajaram oito países ibero-americanos para produzir um documentário com o intuito de ajudar as pessoas a refletir sobre o tradicional modelo de educação. Eles conheceram 45 experiências de ensino não convencionais e entrevistaram 90 educadores e especialistas para tentar apontar novas alternativas educacionais. O resultado dessa viagem é o longa-metragem independente La Educación Prohibida (A Educação Proibida, em tradução livre), lançado mundialmente este mês e que está disponível gratuitamente on-line e também em um formato de distribuição livre, onde qualquer pessoa pode reproduzir o documentário em salas de cinema.

A ideia é fazer com que as pessoas repensem metodologias, valorizem a diversidade educativa, a liberdade pedagógica e curricular. O filme mostra, por exemplo, experiências de diferentes países com o home-schooling, movimento conhecido como ensino em casa ou educação sem escola, que se popularizou nas últimas décadas.


Segundo o diretor Doin Campos, 24, existe hoje uma necessidade de se refletir sobre o papel da escola, que precisa se democratizar profundamente. “Muitas vezes, o que acontece nas aulas não coincide com o que se espera dos alunos. Isso ocorre porque a escola mantém uma estrutura rígida, que impõe ideias e esquece de promover as experiências de vida”, afirma.

Esse conceito também é reforçado por alguns entrevistados que acreditam que a sala de aula está “aquém de ser um espaço educativo”. Para William Rodríguez, do Instituto Popular de Cultura Cali, da Colômbia, “muitas vezes, o que acontece na escola não é importante, ele nem sequer chega a ser um lugar de formação, mas sim uma grande creche.”

Já para Ana Julia Barnadas, do instituto Montessori Palau Girona, da Espanha, os espaços educativos não atraem os estudantes: “os alunos aprendem de forma forçada nesses processos de aprendizagem”.


Redes colaborativas

Desde seu lançamento, no último dia 13, mais de um milhão de pessoas consultaram a página do filme, que já registrou mais de 180 mil downloads. Como forma de levar a mais pessoas a mensagem do documentário, o grupo criou um guia passo a passo para que outras pessoas possam realizar exibições independentes em faculdades, escolas, centros culturais e outros espaços. Todas elas ficam disponíveis em um mapa on-line. “O interessante é que os mesmos espectadores também podem se tornar distribuidores e, assim, passam a compartilhar e difundir o filme”, afirma o diretor.

A colaboração esteve presente desde o início, quando o projeto se inscreveu numa plataforma de crowdfunding e foi inteiramente financiado por meio de doações. A proposta era fazer com que os doadores também se tornassem coprodutores do filme. O projeto também contou com a colaboração voluntária de profissionais como músicos que ajudaram compondo letras a trilha sonora, as bandas que liberam direitos autorais ou até mesmo os designers que criaram a arte gráfica.

E quem quiser colaborar ainda pode: na página do filme, há guias que instruem usuários a legendar o longa em outras línguas.

Veja, em espanhol, o trailer do longa:

Confecção da boneca Marina

Além da boneca Cacá, as crianças acompanharam a construção de uma nova boneca - a qual deram o nome de Marina. Ela foi confeccionada com meias de nylon e as crianças contribuíram durante a atividade dizendo quais partes faltavam. Cabelo, olhos, boca e nariz foram as que mais chamaram a atenção das crianças que insistiam para que fossem colocadas na nova amiga. Depois de concluída, os pequenos se divertiram com a nova companheira e esse tem sido mais um recurso dentro das atividades "Boneca de Pano".

Professoras: Maristela e Maria




"Se o mundo é bom para mim, eu me sinto bem e entendo que sou bom também." Esse é o registro básico de confiança, de fé na vida, de esperança e de humanismo que se constitui no primeiro ano de vida. O adulto que sair do adultocentrismo no inicio da vida de seu filho, aquele que souber esperar a hora dele estar autorregulado para então sair para o mundo; aquele que souber respeitar a delicadeza de um bebê nos primeiros meses de vida e cultivar o respeito ao tempo e às necessidades de cada etapa, desfrutará de um encanto sem fim quando seu nenê chegar aos nove meses e começar a rota rumo a autonomia. Dai é só festa, noites bem dormidas e sensação de que o mundo tem jeito sim. É necessário sim parar a vida para cuidar de um bebê no início de vida. Ë uma graça ver o desenvolvimento pleno se manifestar em cada momento."  - Evânia Reichert (http://www.facebook.com/photo.php?v=492942080733134)

Bonecas de Pano do folclore brasileiro - Nível 2


A boneca Cacá iniciou suas visitas acompanhando as crianças até suas casas, passando a noite com elas e voltando para a escola no outro dia para que outra criança possa levá-la. Os relatos dos momentos vivenciados estão sendo registrados pelos pais em uma agenda que acompanha a boneca.

As crianças estão completamente envolvidas e animadas com a amiga Cacá. Através dela são desenvolvidos sentimentos de cuidado e companheirismo que refletem diretamente no relacionamento entre os amigos na escola.

Professoras: Maristela e Maria


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nível 3 e a construção de brinquedos

Peteca 

Adivinhe, se puder! 

Voa, tem pena, 

Mas pássaro não é... 

Esse brinquedo 

não tem segredo. 

Alegre e sapeca. 

Quem joga? 

Quem pega? Quem vai conseguir? 

A mão espalmada, 

O toque ligeiro, 

Recebe e devolve, Num gesto certeiro 

Quem joga? 

Quem pega? 

Quem vai conseguir? 

Esperto e atento, 

Espere ela vir, não pode deixar 

A peteca cair! 

Folclorices de brincar 

Mércia Maria Leitão e Néide Duarte - Ed do Brasil, 2009 

As crianças do nível 3 confeccionaram petecas com folha de jornal para o projeto folclore que está sendo desenvolvido. 

Ao construir seu próprio brinquedo, a criança exerce suas potencialidades colocando em ação suas múltiplas inteligências como acredita Howard Gardner. Na confecção da peteca, a inteligência em ação é a cinestésico corporal, ou seja, utilizam suas mãos para representar um ideia. 

Antigamente era comum as crianças criarem seus próprios brinquedos. Hoje com o avanço tecnológico esta prática está desaparecendo. Com o objetivo de regatar nossa cultura e tradições proporcionamos vivências significativas que enriquecem a aprendizagem e valorizam o brincar. 

Após a confecção, cada criança brincou com sua própria peteca. 

Profª Patricia - nível 3

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Projeto "Amigos Pra Sempre"

As relações de amizade entre crianças de 2 e 3 anos de idade acontece de forma ainda muito remota, onde o egocentrismo predomina e o desejo do outro ainda não possui grande significado.
Partindo de observações e da necessidade em motivar as crianças do nível 2 a novas experiências e aprendizagens no que se refere a amizade, iniciamos no segundo semestre o projeto "Amigos Pra Sempre".

É importante que desde muito cedo, a convicção de amizade e respeito ao outro sejam desenvolvidos nas crianças, de forma a perceberem que amigos nos fazem bem, amigos nos protegem, amigos nos completam e que somos muito melhores quando estamos juntos de pessoas em que confiamos e com quem temos afinidades e vínculos saudáveis.

Partindo de temas que fazem parte da vida das crianças, o projeto "Amigos Pra Sempre" é multidisciplinar e trabalha com várias possibilidades de desenvolvimento cognitivo e socioemocional.

As atividades serão desenvolvidas partindo dos seguintes temas:
  • Amigos para sempre;
  • Quer brincar comigo?
  • Cultivando amigos;
  • Parceiros da natureza;
  • Quando a saudade aperta.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Folclore no nível 3

Na turma do nível 3 desenvolveremos atividades com temas folclóricos do Rio Grande do Sul. Valorizar sua cultura é manter viva suas tradições, desta forma estudaremos as manifestações e práticas do folclore gaúcho como: brincadeiras, brinquedos, canções, alguns contos como o do João de Barro e costumes. Contamos com a colaboração de todos que quiserem participar trazendo um brinquedo, um conto de sua infância e etc.

Região Sul

"Composta pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a região Sul é a menor do Brasil. Os Rios mais importantes são o Paraná e o Uruguai. É a única região do país em que neva - no alto das serras catarinenses e gaúchas. Seus famosos pinheiros chegam a atingir 500 anos. Os encarregados pelo reflorestamento são as aves, como a gralha azul, o papagaio, a tiriba e a maritaca, além de alguns pequenos mamíferos, como ratos, cutias, ouriços, preás, serelepes e macacos". (Cultura Popular e Folclore na Educação - Natividade Pereira, 2007, Ed Paulinas)

Folclore no Nível 2

O folclore é um dos principais fatores de identificação de um povo e de sua nacionalidade, por isso torna-se de fundamental importância o seu trabalho como prática pedagógica na escola.

O folclore brasileiro é muito rico e possui diferentes manifestações: lendas, cantigas, parlendas, adivinhas, brinquedos e brincadeiras, ditos populares, artesanato, trava-língua, poesias e outros. Dentre eles a boneca de pano é uma marca forte da arte popular e do folclore. 

No Brasil, as primeiras bonecas chegaram com a família real em 1808, enquanto as crianças ricas da corte brincavam com bonecas importadas, as mais pobres ganhavam bonecas de pano de fabricação caseira (chamadas de "a bruxinha de pano"), que foram ganhando aos poucos trajes, feições de pessoas, da sua região.

Pensando no quanto este brinquedo atrai a todas as crianças, será realizado na turma do Nível 2, como estudo do folclore, atividades com bonecas de pano. Na rodinha foi apresentada uma boneca a qual deram o nome de Cacá. Todos os dias uma criança poderá levar a boneca para sua casa e juntamente com ela uma agenda - onde, com a ajuda de seus pais, farão o registro dos momentos que passaram com a “Amiga Cacá”.

Além dessa atividade as crianças também confeccionarão bonecas de meia de Nylon. As atividades com o tema folclore estarão interligadas ao projeto Amigos para sempre. Através das bonecas serão reforçados valores e atitudes fundamentais na amizade como: cuidado, carinho e repeito ao outro.

Professoras: Maristela e Maria

Planejamento para o Folclore

Pensando em deixar as crianças do Nível 1 incluídas nas atividades referentes ao Folclore estamos promovendo vivências com brinquedos e canções folclóricas que fazem parte do universo infantil. As atividades sobre Folclore começaram a ser exercidas na última segunda-feira dia 13 e vão até o dia 30 de agosto. Durante este tempo vamos manter os pais e interessados (através deste Blog) atualizados com informações e novidades sobre o que está acontecendo na Escola em relação às atividades folclóricas.

Nossos objetivos são:

· Estimular a coordenação viso motor;

· Incentivar ritmo e linguagem oral;

· Propiciar a escuta de diferentes sons;

· Ouvir músicas referentes ao tema;

Atividades propostas:

· Brincadeiras com ritmos, jogos de mãos;

· Produção de sons diversos (vozes, som de animais, palmas, ruídos, batidas de pés)

· Concerto de histórias enfatizando sons existentes;

· Construção de chocalhos

· Parlendas;

· Brincos ( são as parlendas mais fáceis, ditas e recitadas pelos pais ou babás para entreter ou aquietar as crianças). Ex: serra, serra, serrador.


Fundamentação:


“O primeiro brinquedo que se dá a criança, o chocalho, é o herdeiro do primeiro instrumento musical. Descobre que ao bater em um objeto pode também produzir sons. Sabe que um corpo que cai, uma porta que se fecha de repente, produzem sons; todos os sons lhe interessam e muitos a assustam. Tenta reproduzi-los para vencer o medo e o chocalho serve para repetir estas experiências. É algo fora de seu corpo que simboliza a mãe e que ela controla com sua mão." (A criança e seus jogos Arminda Aberastury -Pg.28 à 30)

Nossa rica cultura popular

Quando pensamos em folclore, logo nos vêm à mente o Saci Pererê, o Boto-Cor-de Rosa, o Boi-Bumbá e tantas outras figuras famosas das lendas brasileiras. Contudo, o folclore é muito maior do que isso, pois engloba toda a cultura popular de um país e suas tradições: músicas, danças, festas, contos, costumes, culinária, artesanato e brincadeiras. Cantigas, parlendas e trava-línguas também são fundamentais para apresentar e preservar nossa cultura, além de auxiliar os educandos a ler, escrever, contar números, narrar histórias e até cozinhar. Já as artes plásticas podem ser utilizadas para despertar as habilidades artísticas.

Objetivos do Folclore:

*Conhecer as lendas regionais;

*Conhecer as brincadeiras de cada região e brincar;

*Exercitar através do teatro de historias as linguagens oral e corporal;

*Incentivar a interação entre os alunos;

*Trabalho em equipes (grupos);

*Estimular o prazer pela cultura popular brasileira;

*Aprender a se expressar através da arte (Pintando, desenhando, criando personagens com sucatas, etc.).

*Localização no mapa das regiões.

Desde o dia 3 de agosto de 2012 estamos trabalhando na Cinco Estrelinhas as lendas do Folclore especificamente por regiões. Começamos com um mapa demarcado por regiões e suas lendas onde se originaram cada uma delas. E como começou o folclore? Quem começou a contar estas histórias? As lendas existem?

Estas e muitas outras perguntas surgem no decorrer das atividades o que enriquece o nosso projeto, pois com certeza as crianças irão repassar essas e outras curiosidades sobre o folclore do nosso País. Nós, as professoras do turno da manhã,  mobilizamos os pais a trazerem material reciclado para montarmos os nossos personagens e com isto propiciando a curiosidade dos pais: “Professora, o que é Boi-Bumbá?”, ou “Filho me mostra no mapa onde tem o Boitatá?”

Espero que vocês apreciem o nosso trabalho.



Por: Rita de Cássia e Débora Natália (professoras do turno da manhã); alguns trechos da postagem foram retirados da revista Projetos escolares especial mês de agosto 2012

Folclore

A cultura de um povo não se mede nem se concretiza numa pesquisa, mas, com base nela, pode-se ter uma consciência maior de nossas origens: como nascemos, crescemos e sobrevivemos. A história do nosso povo continua viva e presente em nossa cultura, a qual continua sendo escrita e ressignificada em cada região do pais. 

Os portugueses trouxeram com eles vários séculos de cultura. Herdamos sua língua, seu modo de viver, sua religião, seus usos e costumes. Por isso, a maioria de nossas criações folclóricas é de procedência portuguesa que, por sua vez, tem origem nas tradições latinas, romanas, fenícias, germânica, árabes e egípcias. Portanto, é comum encontrar traços do nosso folclore em outros países, com outra roupagem e ressignificação.

Desde o ventre materno, fomos embalados com canções, vivenciamos costumes e crenças religiosas, além de lermos o ouvirmos histórias do folclore de nossa família, do nosso estado, país e continente. A cultura popular é uma força invisível mas persistente, e está no nosso inconsciente coletivo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Multiidade

Você sabe o que significa o termo "multiidade"? Trata-se de uma pedagogia que leva em consideração a capacidade das crianças menores e maiores, quando juntas, construírem uma relação de referência umas para as outras, no sentido de demonstrar, disputar, sugerir, negociar, convidar, trocar e compartilhar experiências e brincadeiras. Nestes momentos, menores e maiores estabelecem relações mais solidárias e cooperativas do que quando estão separadas (somente entre as crianças de sua turma e idade).

A mistura entre as crianças de idades diferentes pode ser tão significativa para as crianças, para as profissionais docentes e para a sociedade de forma mais ampla, quanto já é a convivência entre crianças da mesma idade – experimentando vivências mais e menos conflitivas, mais e menos cooperativas, tendo a oportunidade de conviver com parceiros da mesma idade e também de idades diferentes.

Desta forma, uma Pedagogia da Educação Infantil que possibilite às professoras aprender com as crianças, inventando, transgredindo, lidando com o inusitado e com o imprevisto, num espaço em que ambas possam expor seus sentimentos, linguagens, pensamentos, atitudes, propõe-se como uma educação que não priorize uma determinada idade em função de outras e que permita composições múltiplas entre as crianças de idades iguais e diferentes, não apenas na divisão dos espaços e das atividades educativas, mas efetivamente compartilhando-as entre si – espaços e tempos.

Este olhar diferenciado sobre as crianças tem seu resultado no registro e documentação com o objetivo de identificar o melhor ângulo de observação. Todo este trabalho se estrutura a partir de formação e da interação entre os professores, da equipe gestora e de muita escrita e leitura.

É como diz o educador José Pacheco: “Ninguém aprende com quem sabe a mesma coisa, nem com quem tem a mesma idade. Aprendemos uns com os outros, com quem sabe coisas diferentes e com quem tem idade diferente.”

Para saber mais assista ao documentário "Ser e Ter" (dividido em duas partes):


Reflita: Escolarização aos cinco anos

“Há um equívoco muito grande e um equívoco que as pessoas aceitam sem refletir; Cada ser humano é único, irrepetível, tem ritmo próprio, uma cultura própria no desenvolvimento de aprendizagem, não é igual a do outro. O problema da escola da tradicional é que uniformiza e quando a criança chega aos 5 anos considera-se que ela no ano seguinte deva passar para um tipo de trabalho que é em tudo diferente daquele que ela teve na educação da infância."

Dicas da Cinco Estrelinhas no Facebook

Alteramos um pouquinho a estrutura do nosso Blog, deixaremos aqui apenas novidades e informações ligadas com a nossa Escola. Mas, continuaremos dando dicas e indicando vídeos, só que na nossa Página do Facebook (http://www.facebook.com/escolacincoestrelinhas) - a qual pode ser acessada mesmo por quem não tenha perfil nessa rede social. 


Então confira algumas coisas que estão rolando no nosso Facebook:





* Semana do aleitamento materno

Por: Laura Marcon de Azevedo

Os quatro pilares da educação


Propostas educativas humanistas vêm ganhando espaço diante do evidente fracasso de um modelo de educação que não contempla uma das importantes propostas da Unesco: Aprender a Aprender, Aprender a Ser, Aprender a Fazer e Aprender a Conviver.

Na Cinco Estrelinhas cultivamos a amorosidade, respeito, solidariedade, incentivo e criatividade ao desenvolvimento integral da criança e por isso estamos procurando melhorar e fundamentar nossas ações. 

Ratificamos o que Raffi Cavoukian declara no livro "Honrar a criança como transformar esse mundo" (pág. 31):

“Descobrimos que estas alegrias são autoevidentes: Que todas as crianças são criadas plenas, dotadas de inteligência inata, com dignidade e admiração, e são dignas de respeito.

A incorporação da vida, da liberdade e da felicidade, as crianças são bênçãos originais, estão aqui para aprender a própria canção. Todo menino e toda menina têm direito de amar, sonhar e pertencer a uma "aldeia" afetuosa. E buscar uma vida de propósitos.

Afirmamos nossa responsabilidade de nutrir e cultivar os jovens, honrar seus ternos ideais como o coração do ser humano. Reconhecer os primeiros anos como a base da vida e apreciar a contribuição das crianças para a evolução humana.

Nós nos comprometemos a modos pacíficos e juramos proteger do mal e da negligência esses cidadãos mais vulneráveis. Como guardiões de sua prosperidade, honramos a abundante Terra cuja diversidade nos sustenta.

Assim prometemos nosso amor às gerações futuras”.

Por: Cinco Estrelinhas e Unesco

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Comemoração de Dia dos Pais

Na última quinta-feira, dia 9 de agosto, ocorreu a comemoração do Dia dos Pais na Cinco Estrelinhas. O objetivo deste evento foi transformar o consumismo de presentes do Dia dos Pais em um momento para brincar e estar com o filho(a), este certamente é o maior presente para nós e, acreditamos, que para os pais também. Portanto, os papais dos nossos pequenos foram convidados para comparecer na Escola e realizar atividades com as crianças. Nos níveis 1 e 2 foram realizadas atividades com tintas; e no nível 3, ocorreu um bingo sonoro. Os pais que não puderam comparecer tiveram seus filhos "adotados" pelo papai de um dos colegas

Segundo a Enciclopédia Livre Wikipédia, o Dia dos Pais teve sua origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou e esculpiu em argila o primeiro cartão que desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. A tradição permaneceu e foi levada adiante por diversos povos e civilizações.

A mensagem do jovem Elmesu a seu Pai:

"Pai tenho em você a figura de um mentor, seu exemplo moldou minha personalidade e me transformou no homem que hoje sou. Desejo saúde e vida longa a ti meu Mestre, meu senhor, meu Pai."


A equipe da Cinco Estrelinhas deseja mais uma vez um feliz dia dos pais a todos!



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Desenhar é preciso


Riscos que olhamos, pensamos e perguntamos a nós mesmos: o que é isso? Tentamos a todo custo entender o significado daqueles riscos coloridos, a ponto de quase quebrarmos a cabeça. É aí que você diz: "que lindo, meu filho". Tudo para não magoarmos aquela criança feliz acreditando ter feito a obra de arte mais bonita do mundo, e na realidade é sim o desenho mais lindo; uma espécie de arte abstrata feita com vontade de apertar o lápis com força e transmitir todas as cores da caixa de lápis de cor para um papel. 

Talvez nem todo mundo saiba, mas o desenho é, sim, muito importante na vida da criança. O desenho tem papel fundamental na formação do conhecimento na infância. Ao desenhar, a criança desenvolve a auto-expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, por meio da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, entre outros. Além disso, o desenho é uma das maneiras da criança conhecer os seus limites. Por exemplo, aqui na Cinco Estrelinhas nós separamos da seguinte forma: no nível 1, as crianças ainda não tem noção do espaço que podem utilizar, até aonde o lápis pode percorrer; então se dermos uma folha A4 a ela e colocarmos em uma mesa, a criança não vai saber que não pode riscar a mesa. Sendo assim, começará pela folha em branco, mas vai desenhar até cansar. Riscando mesa, chão ou parede; no nível 2, a criança já começa a ter um certo entendimento, que se ela tem uma folha ali diferente da mesa, é porque tem que dar mais ênfase para o papel que tem em mãos. Sendo assim, tem uma noção de até onde pode ir, mas muitos borrões ainda são observados; já no nível 3, a criança começa a realmente compreender os limites que tem e tenta utilizar o espaço que foi dado a ela.

Assim a criança tem liberdade para ir conhecendo seus limites e dando espaço para a criatividade que existe naquele cérebro. A importância de valorizar o desenho da criança se dá pelo fato da necessidade que o universo infantil tem em ser estimulado, desafiado, confrontado de forma que venha enriquecer as próprias experiências. Afinal, nossos antepassados se comunicavam por meio de desenhos e símbolos, não é mesmo? Então essa é a origem da comunicação e interação entre as pessoas, e é importante continuar mantendo-a em alta e desenvolver o lado esquerdo do cérebro - responsável pelo processo criativo do ser humano. As pessoas que não desenvolvem esse lado têm muita dificuldade de expressão, entendimento de processos complexos, além de problemas de relacionamento com o mundo que o cerca.

E é por isso que aqui na Cinco Estrelinhas, as nossas educadoras trabalham com a criatividade das crianças. São disponibilizados espaços para que os nossos pequenos possam imaginar tudo que este mundo oferece, para que tenham a oportunidade de usar todos os artifícios oferecidos pelas próprios mentes. Essa "viagem" criativa ocorre na mesa maleável (onde são disponibilizadas massinha, argila, macarrão cozido e tesouras), na mesa do grafismo (canetas, lápis, giz, dedo e tinta, carimbos) e mesa da criatividade (trabalhos com colagens). Quem sabe não formamos futuros artistas, né?

Por: Laura Marcon de Azevedo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

José Pacheco: colonizado pelo Brasil



O bem humorado educador José Pacheco, fundador da revolucionária Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal), é do tempo do giz, mas apagou do quadro negro a ignorância de um sistema educacional mais preocupado com as respostas do que com as perguntas.  

José Pacheco é meu querido amigo. Que gratidão imensa poder tê-lo no hall de quem se dedica a mudar nosso maior patrimônio que é a educação brasileira. Como sempre as palavras são perfeitas e fazem muito sentido! Obrigada por todo o amor que tens pelo nosso país, Pacheco. Como tu mesmo dizes "o Brasil me colonizou" e é com muita gratidão e respeito que compartilho este vídeo:

Por: Claudia Bartelle

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Casa de Vô

A maioria das crianças gosta de ouvir historinhas. Ou até mesmo ler - aquelas que já sabem ou estão aprendendo. A leitura e conhecimento devem ser incentivadas desde cedo, portanto, vou postar com frequência aqui no Blog contos literários infantis. O texto abaixo é de Beatriz Vichessi, editora-assistente do site Nova Escola.

Ilustração: Mateus Rios

Todo avô toma remédio, usa dentadura e tira soneca depois do almoço. O meu, não. 
Não toma pílula nem xarope. E, à tarde, fica acordado, brincando comigo. Dentadura? Isso ele usa. Mas, de resto, é diferente. 
Minha avó também não é igual as outras. Enquanto toda avó borda e faz bolo de chocolate, ela só costura para fazer remendos nas roupas e só cozinha no fim de semana. E quase nunca está em casa. De calça comprida (enquanto todas as avós do mundo usam saia), sai cedinho para trabalhar e nos deixa sozinhos. 
Daí, o guarda-roupa dela vira elevador. Basta eu entrar e me sentar nas caixas de sapatos para vovô encostar as portas e, como ascensorista, anunciar: 
- Primeiro andar! Roupas e bonecas. Segundo andar! Balas de goma, móveis e crianças perdidas... 
A parede da sala é transformada em galeria de arte com pinturas emolduradas em fita crepe e, o tapete, em tablado de exposição de botões raros, que jamais combinariam com qualquer roupa normal. 
Ao cair da tarde, na garagem vazia, enquanto o papagaio e os cachorros conversam misturando latidos, uivos e risadas, ele espalha alguns pedacinhos de papel pelo chão. É a brincadeira do Pisei. 
- Hã? Como assim?, pergunto. Essa é nova. 
Vovô explica sua invenção: 
- Memorize onde estão os papéis. Feche os olhos e comece a caminhar. Tente pisar em cima deles. Pode ir perguntando "Pisei?" para facilitar. Ganha o jogo quem pisar em mais pedaços. 
Eu começo. 
- Pisei?, pergunto, dando o primeiro passo, apertando os olhos. 
- Não! 
- Pisei?, insisto mais uma vez, depois de caminhar um tiquinho. 
- Não! 
Ouço um barulho de chaves. Vovó chega, cansada, do trabalho. Diz "Oi". Sei que é para mim, mas não posso abrir os olhos para responder. É quebra de regra. 
- Tudo bem, vó? Quer brincar de Pisei?, convido. 
- Agora, não, minha riqueza. Vovó vai descansar. 
Vovô continua a me guiar, já sentado na cadeira de praia, lendo o jornal. Não vi, mas escutei o barulho dela sendo armada e das folhas nas mãos dele. 
Sigo. 
- Pisei? 
- Pisei? 
- Pisei? 
E nada. 
Sinto meus pés tropeçarem em algo. Abro os olhos. Vovô, a minha frente, de braços abertos, pronto para um abraço de vitória. 
- Mas eu não pisei em nenhum papelzinho, vô, digo, meio desanimada, mas já engalfinhada e feliz, nos braços dele. 
- O vento foi levando tudo para o cantinho do portão, ele explica, sorrindo. 
- E por que o senhor não me avisou? A gente poderia ter colado os pedacinhos no chão e recomeçado... 
- Porque eu queria que a brincadeira terminasse com você perto de mim.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Olhares da infância

"As coisas que não têm nome são mais pronunciadas por crianças", diz o poeta Manoel de Barros. O verso traduz para a poesia a percepção cotidiana de que as crianças são mestres da curiosidade e da criatividade. No caso dos bebês, experimentam tudo sem medo de fazer algo errado, como quando colocam um livro na boca, por exemplo. Com olhar ingênuo em relação ao mundo, agem como se estivessem conscientes da máxima "só sei que nada sei", de Sócrates, e seguem em busca de conhecimento. Com o passar do tempo, aprendem os nomes dos seres e das coisas e ampliam suas formas de se comunicar.

Como quem quer devorar o mundo, perguntam a todo instante "o que é isso, o que é aquilo?". E ainda que se apropriem de novos significados e os acumulem, continuam a reinventar. Com liberdade e grande poder de improvisação, as crianças brincam com tudo. E os estímulos podem ser bem simples. Afinal, quem nunca viu (ou foi) um pequeno aventureiro navegando pelos mares numa caixa de papelão, como nas páginas de Não é uma caixa (Cosac Naify), da californiana Antoinette Portis, que revelam essa e outras funções que o trivial recipiente pode assumir segundo a imaginação do protagonista: carro de corrida, prédio, fantasia de robô, balão ou foguete? E, segundo a Revista Educação (revistaeducacao.uol.com.br/), isso é só o começo. 

 

Mas, segundo o Histórico da Infância, nem sempre foi assim...

Franco Frabboni educador italiano organizou o entendimento histórico por meio de três identidades:

* Primeira Identidade – Criança-adulto ou infância negada – séculos XIV, XV.

* Segunda Identidade – Criança-filho-aluno ou a criança-institucionalizada – séculos XVI, XVII.

* Terceira Identidade – Criança-sujeito social ou sujeito de direitos – século XX

Philippe Ariès, historiador francês, foi buscar nas artes e na literatura da época medieval a ideia que prevalecia sobre a infância.  A arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la. As crianças eram desenhadas como o adulto em escala menor, com músculos e feições de adultos.


Quem é a criança de hoje?

“As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas inteirações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos.”